Da minha janela
Da minha janela,
eu vejo uma noite com o céu claro e muito estrelado,
sem nuvens, fico calado.
Da minha janela,
olho pra frente e me deparo com os prédios,
vejo outras janelas,
quietas, continua o tédio.
Da minha janela,
eu vejo a rua vazia,
triste, fria,
ela continua sozinha.
Da minha janela,
eu vejo ao longe as luzes que ilumina o bairro vizinho,
fico atento olhando sozinho.
Da minha janela,
escuto o barulho da avenida,
parecendo que todos só conhecem o caminho de ida.
Da minha janela,
observo alguns telhados,
sem pombos nem gatos,
apenas um par de sapato.
Da minha janela,
sinto o vento soprado do sul,
do mesmo sentido que um dia caminhei nu.
Da minha janela,
eu vejo uma noite, com o céu claro e muito estrelado,
escrevendo essas poucas palavras,
continuo calado.
Rodrigo Esperidião Coelho